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Especial Dia do Trabalho: A difícil tarefa de escolher uma profissão

Ajuda de um orientador profissional pode tornar a decisão mais fácil
Data de inclusão: 28/04/2015 08:41

O que você quer ser quando crescer? Todo mundo, em algum momento da vida, já respondeu essa pergunta. Aliás, a estudante Maiara Kubiak, de 17 anos, já respondeu diversas vezes, e em cada uma delas, de uma forma diferente. “Quando era criança queria ser professora, mas daí com um tempo vi que não era isso o que queria. Depois quis ser modelo, fui contratada por uma agência mas acabei desistindo. E por fim, tinha duas opções na minha cabeça: fazer arquitetura ou engenharia civil”, conta Maiara, que finalmente decidiu: “Vou ser engenheira civil”.

A dúvida de Maiara é a mesma de diversos jovens. Afinal, não é nada fácil decidir o que ser quando crescer. E pra muitos, essa dúvida aumenta com o início do ensino médio, apontando para o fim da educação regular, pois é nesta fase que os jovens começam a projetar no futuro de forma mais concreta. “Gostar de uma profissão é um bom começo”, fala o psicólogo e orientador profissional Leonardo José da Silva. Segundo ele, toda escolha parte da identificação com as pessoas próximas. “Gostamos de uma profissão, num primeiro momento, porque temos um amigo que é legal e estuda tal curso; porque nossos pais já atuam em determinada área ou ainda por referências na mídia. Mas, tudo isso é apenas o começo, porque o que sabemos das profissões é sempre muito raso e precisa haver uma pesquisa mais extensa por parte do jovem que fará sua escolha”, explica o psicólogo.

Foi isso que aconteceu com Maiara. Quando ela conheceu melhor cada profissão que queria seguir, pôde desistir das que não se encaixavam com o seu perfil, e decidir qual carreira queria seguir. Participar do OPA – Opção Profissional por Área, uma ação oferecida pela Univali, foi essencial para Maiara fazer sua escolha. “Fui no OPA, conversei com várias pessoas que tinham essas profissões, ai vi que tem bastante diferença de uma pra outra, e que eu me encaixava mais com a engenharia civil”, revela a jovem que se formou no ensino médio no ano passado e está se preparando pra prestar vestibular de verão.

E, escolher uma profissão diante de uma gama tão extensa de oportunidades, de fato, não é tarefa fácil. Somente no campus Itajaí da maior universidade comunitária de Santa Catarina, são 41 opções de cursos de graduação. “Antigamente a escolha profissional resumia-se a distinguir entre administração, direito, psicologia ou cursos com ascensão, remuneração ou carreira bem definidos. Hoje, além do aumento considerável no número de cursos de graduação, tivemos uma multiplicação nos campos de trabalho. Formar-se em direito já não pressupõe ser advogado, por exemplo, mas um sem número de outras possibilidades” acrescenta o psicólogo.

Segundo ele, com o advento da internet e consequente explosão de informações, o jovem - ao contrário do que se pensa, ficou sem norte, sem saber diferenciar o que é essencial e o que é irrelevante. “Porém, com esse implemento no número de informação sobre cursos e profissões, o que se percebe é que o jovem vê sua escolha de forma mais fluída. É comum entre eles pensar em mudar de curso ou de profissão durante a graduação porque as barreiras entre as áreas de conhecimento ficaram mais tênues”, completa.

Para Leonardo, o ideal é construir esta identidade profissional já no inicio do ensino fundamental, apresentando modelos para identificação da criança, com objetivo principal de diminuir a ansiedade frente à escolha. Outro conselho é pesquisar muito sobre a profissão: ver o que faz, possibilidades de atuação, remuneração, se há oferta de trabalho na cidade onde o jovem reside ou se implicaria em uma mudança de residência, se é uma área com grande oferta de trabalho ou com necessidade de mão de obra qualificada. Já para aqueles jovens que ainda não têm nenhuma noção do que quer seguir, o orientador profissional sugere que o jovem se imagine em profissões em que não conseguiria se desenvolver. “Por exemplo, se não me vejo trabalhando com contabilidade porque não gosto de números, já posso excluir outros cursos que exigem facilidade com cálculos, como engenharia civil”, explica.

Para os jovens das gerações Y e Z que estão entrando no mercado de trabalho agora, a dica é valorizar o que eles mais acreditam: o sonho. “Do sonho nasce o desejo de querer ser algo a mais. Se o jovem não consegue sonhar com seu futuro não conseguirá traçar sua trajetória”, fala Leonardo. O mercado de trabalho atual é exigente de diversas formas. Exige produção, mas com qualidade; comprometimento, mas com desprendimento para enxergar suas próprias necessidades. Exige que se "vista a camisa", mas que tenha flexibilidade para mudar quando for necessário.

A grande diferença entre os profissionais da geração X e Y é a forma de ser em uma profissão. Antes buscava-se regularidade e segurança, hoje o objetivo é realização e reconhecimento. “É difícil balancear essas características profissionais e decidir se essas mudanças foram boas ou ruins, mas essa fluidez que vemos nos profissionais que tem ingressado no mercado de trabalho é uma resposta às novas necessidades que o mercado de trabalho tem apresentado”, finaliza o psicólogo.

 

Entenda o que são as gerações


O conceito de “gerações” engloba o conjunto de indivíduos nascidos em uma mesma época, influenciados por um contexto histórico, determinando comportamentos e causando impacto direto na evolução da sociedade. De acordo com estudiosos do comportamento humano somos divididos nas seguintes gerações:

Geração Baby Boomer

A Geração Baby Boomer surgiu logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. Hoje, estas pessoas estão com mais de 45 anos e se caracterizam por gostarem de um emprego fixo e estável. No trabalho seus valores estão fortemente embasados no tempo de serviço, e preferem ser reconhecidas pela sua experiência à sua capacidade de inovação. Os Boomers também são identificados como inventores da era “paz e amor”, pois tinham aversão aos conflitos armados. Preferiam a música, as artes e todas as outras formas de cultura como instrumentos para evolução humana do que as guerras. Nos dias de hoje os pertencentes à geração Baby Boomer, em sua maioria, ocupam os cargos de diretoria e gerência nas empresas.

Geração X

Enquanto a Geração Baby Boomer se apresenta como contemporânea ao nascimento da tecnologia a Geração X surge já fazendo uso dos recursos tecnológicos promovidos por sua geração precursora. Surgida em meados da década de 60 e estendendo-se até o final dos anos 1970, essa geração vivenciou no Brasil acontecimentos como as “Diretas Já” e o fim da ditadura.
No meio profissional a Geração X é caracterizada atualmente por certas resistências em relação a tudo que é novo, além de apresentar insegurança em perder o emprego por pessoas mais novas e com mais energia. Estas formam a sucessora da Geração X: a Geração Y.

Geração Y

Nasce então na década de 80 a Geração Y, que em pouco tempo de vida já presenciou os maiores avanços na tecnologia e diversas quebras de paradigma do mercado de trabalho. Por conseguinte, num ambiente tão inovador, a Geração Y se individualiza ao apresentar características como capacidade em fazer várias coisas ao mesmo tempo, como ouvir música, navegar na internet, ler os e-mails, entre várias outras que, em tese, não atrapalham os seus afazeres profissionais. Essa geração também apresenta um desejo constante por novas experiências, o que no trabalho resulta em querer uma ascensão rápida, que a promova de cargos em períodos relativamente curtos e de maneira contínua.

Geração Z

Os jovens nascidos em meados dos anos noventa forma o conjunto da Geração Z. Estes ainda não estão inseridos no mercado de trabalho, mas já são motivo de reflexão por conta do seu comportamento individualista e de certa forma antissocial.
A Geração Z é contemporânea a uma realidade conectada à Internet, em que os valores familiares, como sentar-se à mesa e conversar com os pais, não são tão expressivos quanto aos contatos virtuais estabelecidos pelos jovens na Web. Formada pelos que ainda não saíram da escola e ainda não decidiram a profissão a ser exercida no futuro a Geração Z também se destaca por sua excentricidade.

 

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Informações Adicionais:

Leonardo José da Silva – Psicólogo / Orientador Profissional

Telefone: (47) 3349-4896

 

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